O que é preciso para se tornar português após mudança na Lei da Nacionalidade

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O que é preciso para se tornar português após mudança na Lei da Nacionalidade

A Lei da Nacionalidade é um marco fundamental na definição de quem pode ser considerado português. /// O que é preciso para se tornar português após mudança na Lei da Nacionalidade. Créditos: depositphotos.com / michaklootwijk

Porto Velho, RO - Em Portugal a Lei da Nacionalidade é um marco fundamental na definição de quem pode ser considerado português e os critérios para aquisição da nacionalidade. Estabelecida em 1981, ela tem passado por sucessivas modificações ao longo do tempo, principalmente para acomodar questões como imigração e os direitos de descendentes de portugueses.

Ao longo dos anos, essas mudanças visaram garantir que a legislação refletisse as realidades sociais e demográficas de Portugal.

Nos termos atuais, a naturalização é permitida após cinco anos de residência legal em solo português. Além disso, filhos de estrangeiros nascidos no país podem tornar-se cidadãos se um dos pais residir legalmente há pelo menos um ano.

Esta abordagem tem facilitado o caminho para a integração de estrangeiros, enquanto proporciona um sentido de pertença para aqueles que já consideram Portugal como lar.

Quais são as mudanças propostas para a Lei da Nacionalidade?

Recentemente, propostas de alterações à Lei da Nacionalidade têm causado debates acalorados, destacando um endurecimento nas condições para acesso à cidadania.

Os ajustes em discussão incluem a ampliação do tempo de residência exigido para naturalização: sete anos para cidadãos de países da CPLP e da UE, e dez anos para os de outras nações.

Essa mudança impactaria significativamente ucranianos e britânicos que, sob a regra atual, poderiam se naturalizar após cinco anos. Outra modificação relevante diz respeito à nacionalidade de crianças nascidas em Portugal. Atualmente, basta um ano de residência legal dos pais para que o filho possa obter a nacionalidade.

Contudo, existem propostas para aumentar esse tempo para dois anos, conforme o PS, ou mesmo cinco anos, como defendem o PSD/CDS com o apoio do Chega.

O que é preciso para se tornar português após mudança na Lei da Nacionalidade. Créditos: depositphotos.com / gustavofrazao

Como as alterações afetam os mecanismos de perda de nacionalidade em Portugal?

Uma novidade proposta na revisão da lei é a possibilidade de perda de nacionalidade por razões criminais. Estão em vista casos de crimes graves, como homicídio ou violação, que possam resultar em uma perda de nacionalidade por decisão judicial.

Esse aspecto adiciona uma camada de responsabilidade civil à cidadania, potencialmente agindo tanto como um dissuasor quanto como um instrumento de justiça.

Por que o regime dos judeus sefarditas está em risco?

A proposta de revisão também toca no regime especial de naturalização para judeus sefarditas, introduzido em 2015. Este regime reconhece descendentes de judeus sefarditas, que foram expulsos de Portugal durante a Inquisição, permitindo-lhes obter a nacionalidade portuguesa.

No entanto, o governo atual considera extinguir este regime, argumentando possíveis abusos na aplicação da lei, o que tem gerado debates sobre a justiça histórica e atual desse reconhecimento.

Essas mudanças propostas à Lei da Nacionalidade inevitavelmente trazem à tona discussões que vão além do texto jurídico, refletindo sobre a identidade nacional, questões de inclusão social e posicionamento internacional de Portugal.

À medida que a votação no parlamento se aproxima, o resultado poderá definir não apenas as fronteiras legais, mas também o ethos da comunidade nacional nos anos vindouros.

Fonte: O Antagonista

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