Gripe K à vista exige alerta da OMS

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Gripe K à vista exige alerta da OMS

A gripe K é um apelido para um subgrupo genético do vírus influenza A (H3N2), identificado em análises de laboratório como um “subclado”. Gripe K à vista exige alerta da OMS - Créditos: depositphotos.com / rbhavana

Porto Velho, RO - Nas últimas semanas de 2025, a gripe K ganhou destaque em notícias de saúde e relatórios da OMS, associada a um aumento de casos de influenza A (H3N2) em vários continentes, especialmente no início do inverno no Hemisfério Norte.

O que é a gripe K e como ela surgiu

A gripe K é um apelido para um subgrupo genético do vírus influenza A (H3N2), identificado em análises de laboratório como um “subclado”.

Em termos simples, é um “ramo” dentro da árvore do H3N2, com pequenas mudanças no material genético em relação a linhagens anteriores.

O influenza sofre mutações constantes; poucas se destacam por facilitar a transmissão ou escapar parcialmente da imunidade existente.

A gripe K parece ter ganho espaço por esses motivos, mas, até o momento, não há evidências de que cause quadros mais graves do que a gripe sazonal comum.

Gripe K à vista exige alerta da OMS – Créditos: depositphotos.com / AllaSerebrina

Como a gripe K está se espalhando pelo mundo

Desde agosto de 2025, relatórios de vigilância mostram que a participação da gripe K entre as amostras de H3N2 aumentou em vários países.

Em algumas regiões do Hemisfério Norte, a temporada de gripe começou mais cedo, coincidindo com a circulação de covid-19 e vírus sincicial respiratório.

A OMS acompanha essa expansão por meio de uma rede global de laboratórios que coletam amostras, identificam os vírus e compartilham sequências genéticas.

Esse monitoramento permite perceber quando a gripe K se torna predominante e se há mudança no padrão epidemiológico, como surtos mais intensos ou temporadas prolongadas.

Quem corre mais risco de complicações pela gripe K

A gripe K mantém o mesmo perfil de vulnerabilidade da influenza sazonal, com a maioria dos casos apresentando febre, dor no corpo, tosse e cansaço.

Contudo, alguns grupos têm maior probabilidade de desenvolver complicações respiratórias, internações e descompensação de doenças pré-existentes.

Gripe K à vista exige alerta da OMS – Créditos: depositphotos.com / AllaSerebrina

Entre os principais grupos de risco, destacam-se aqueles que exigem atenção redobrada a sinais de alerta, como falta de ar, febre persistente e piora rápida do estado geral:
  • Idosos, especialmente acima de 60–65 anos, com risco maior após os 80;
  • Crianças pequenas, mais suscetíveis a bronquiolite e pneumonia;
  • Gestantes, devido a mudanças fisiológicas da gravidez;
  • Pessoas com doenças crônicas, como cardiopatias, DPOC, asma grave, diabetes e imunossupressão;
  • Profissionais de saúde, expostos constantemente a vírus respiratórios.
A vacina contra gripe protege contra a gripe K?

As vacinas contra influenza são atualizadas periodicamente para acompanhar as linhagens que mais circulam, incluindo variantes do H3N2 como a gripe K.

Dados preliminares indicam que a imunização continua reduzindo de forma importante o risco de hospitalização e morte, sobretudo em grupos prioritários.

No Brasil, a cobertura vacinal em 2025 ficou abaixo das metas em vários estados, principalmente entre idosos.

Com a expectativa de maior circulação da gripe K, especialistas reforçam que pessoas de risco sejam vacinadas assim que as doses atualizadas para 2026 estiverem disponíveis.

Gripe K à vista exige alerta da OMS – Créditos: depositphotos.com / IgorVetushko

Quais são as recomendações atuais da OMS para a gripe K

A OMS não recomenda fechamento de fronteiras ou restrições de viagens específicas por causa da gripe K.

A estratégia foca em vigilância reforçada, vacinação e medidas simples de prevenção para evitar sobrecarga dos serviços de saúde e proteger os mais vulneráveis.

Entre as ações prioritárias estão o monitoramento contínuo dos casos, o planejamento de leitos e estoques, o aumento da cobertura vacinal, a higiene das mãos, afastamento em caso de sintomas e uso de máscaras em serviços de saúde.

Fonte: O Antagonista

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