Além dos B-52s, drones MQ-9 Reaper, aviões espiões P-8 Poseidon e helicópteros MH-6 Little Bird e MH-60 Black Hawk foram detectados nas proximidades da Venezuela. // ReproduçãoPorto Velho, RO - Nos arredores da Venezuela, os Estados Unidos realizam a maior mobilização militar na região caribenha em décadas. Desde agosto, aproximadamente 10 mil soldados, oito navios de guerra, um submarino de ataque rápido nuclear e caças F-35 foram enviados para a área.
Na segunda-feira passada, aproximadamente 8% dos navios de guerra norte-americanos em operação global estavam no Caribe, conforme relatórios do Instituto Naval dos EUA.
De acordo com Mark Cancian, ex-oficial do Pentágono, dois dos navios de guerra já foram substituídos, o que sugere que essa força permanecerá na região por um tempo considerável.
Na semana passada, três bombardeiros B-52 da Força Aérea dos Estados Unidos decolaram da Base Aérea de Barksdale, localizada na Louisiana, e seguiram em direção ao sul, rumo ao Caribe.
Os B-52, considerados a “espinha dorsal” da frota de bombardeiros estratégicos norte-americana, possuem a capacidade de lançar uma variedade mais ampla de bombas e mísseis do que qualquer outra aeronave dos EUA.
Os jatos realizaram voos circulares próximo à costa da Venezuela, nas proximidades de Maiquetía, aeroporto principal que atende Caracas.
Analistas afirmam que essa manobra tem como objetivo principal enviar uma mensagem ao ditador venezuelano Nicolás Maduro. Um ex-oficial militar sênior comentou:
“Acho que estamos apenas tentando enviar uma mensagem a Maduro de que podemos nos mobilizar, podemos fazer o que quisermos’, disse o ex-oficial militar de alto escalão. Era uma projeção de poder para “indicar que estamos atentos, que temos a capacidade e que estamos demonstrando isso”.Além dos B-52s, drones MQ-9 Reaper, aviões espiões P-8 Poseidon e helicópteros MH-6 Little Bird e MH-60 Black Hawk foram detectados nas proximidades da Venezuela através de imagens via satélite e rastreadores de voo.
Pressão sobre Maduro
Embora o governo da Venezuela tenha expressado receios sobre uma possível invasão dos EUA, especialistas acreditam que a presença militar norte-americana na área não é suficiente para uma ação em larga escala.
Em vez disso, parece estar voltada tanto para combater o tráfico de drogas — conforme declarado pela administração Trump — quanto para pressionar Maduro a deixar o cargo, segundo antigos oficiais de defesa e analistas militares.
Desde o início de setembro, os EUA atacaram pelo menos sete lanchas rápidas supostamente envolvidas no tráfico de drogas no Caribe, resultando na morte de 32 pessoas em ataques recentes.
Simultaneamente, os Estados Unidos estão apresentando uma variedade de recursos militares projetados para oferecer flexibilidade, mantendo abertas as opções militares do presidente Donald Trump caso ele opte por ações além das operações contra pequenas embarcações.
Líderes opositores na Venezuela e analistas acreditam que o intuito das operações é forçar a saída dos principais membros do governo venezuelano — preferencialmente através de renúncia ou entrega negociada — com a ameaça implícita de captura ou morte caso resistam à pressão americana.
No final da semana passada, Trump declarou estar considerando ataques contra alvos terrestres na Venezuela e autorizou operações clandestinas da CIA no país. Ele também advertiu Maduro para não “brincar” com os Estados Unidos.
Fonte: O Antagonista



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