Cuomo pede voto útil para conter Mamdani, favorito e símbolo da ala mais extremista do Partido Democrata. // Foto: Reprodução/ InstagramPorto Velho, RO - O primeiro debate televisionado da eleição para prefeito de Nova York deste ano, transmitido quinta, 16, pela NBC News e WNBC, consolidou Zohran Mamdani como o alvo central da disputa.
O deputado estadual de 33 anos, filiado aos Socialistas Democráticos da América e muçulmano, lidera as pesquisas com 46% das intenções de voto, segundo o instituto Quinnipiac.
Seu avanço preocupa líderes empresariais e comunitários, que veem risco de um salto ideológico radical na maior cidade do Ocidente.
Mamdani manteve o tom confiante, defendendo congelamento de aluguéis, transporte público gratuito e novos impostos sobre grandes fortunas.
Evitou explicar o impacto orçamentário dessas propostas, limitando-se a dizer que “a cidade precisa cuidar de quem trabalha”.
Sua ligação com grupos islâmicos e posições passadas sobre cortes do orçamento da polícia voltaram ao centro do palco, reforçando o alerta de que Nova York pode se tornar laboratório de um populismo de extrema-esquerda.
Andrew Cuomo, ex-governador e agora candidato independente, aproveitou o debate para pedir união dos eleitores moderados e conservadores.
Disse que “a cidade precisa de experiência, não de ideologia” e apelou diretamente ao eleitorado republicano
“Um voto dividido é um presente para Mamdani. Este é o momento de escolher quem pode vencê-lo”, afirmou.
Curtis Sliwa, fundador dos “Guardiões Anjos” e candidato republicano, insistiu em questões de segurança e imigração.
Apesar de reforçar o discurso de lei e ordem, foi pressionado por aliados e doadores a desistir da corrida para não facilitar a vitória do jovem muçulmano socialista.
O bilionário Bill Ackman, gestor do Pershing Square, reiterou após o debate que Sliwa “precisa sair da disputa para impedir que Mamdani vença por divisão de votos”.
O investidor, que já doou US$ 1 milhão a um comitê anti-Mamdani, elogiou o desempenho de Cuomo e descreveu o favorito como “inautêntico e perigoso para os negócios da cidade”.
Nova York abriga a maior comunidade judaica fora de Israel e representa um centro global de finanças, cultura e influência política.
A possibilidade de um prefeito com ligações à esquerda radical islâmica e sem experiência administrativa mobiliza setores empresariais e conservadores.
A votação oficial ocorrerá na segunda, 4 de novembro, com início do voto antecipado no sábado, 25 de outubro.
O próximo debate entre os três candidatos está marcado para quarta, 22, e pode definir se o epicentro do capitalismo ocidental será administrado por um pragmático veterano ou por um jovem radical anti-Israel.
Fonte: O Antagonista//Alexandre Borges



0 Comentários