Posto do Corinthians são investidos em caso da mega operação contra o PCC. Créditos: depositphotos.com / AndrewLozovyi
Porto Velho, RO - No cenário brasileiro, a relação entre futebol e negócios de combustíveis tem ganhado destaque com a recente operação policial que investiga a ligação de postos de combustíveis, associados ao Corinthians, com o Primeiro Comando da Capital (PCC).
A operação, batizada de Operação Carbono Oculto, é considerada uma das maiores investigações contra a facção, envolvendo não apenas o clube, mas também figuras empresariais proeminentes que administram essas unidades.
A investigação policial revelou que os postos, oficialmente licenciados com a marca do Corinthians, estão registrados em nome de indivíduos suspeitos de terem conexões com o PCC. Dentre eles estão Pedro Furtado, Himad Mourad e Luiz Ernesto Franco, sujeitos principais na operação.
Os postos operam sob a designação de “Posto Corinthians” na Zona Leste de São Paulo, uma área notável por ser um ponto crítico de comércio e movimentação na cidade.
Qual é a extensão das operações investigadas?
Os postos de combustíveis identificados como parte da operação demonstram uma estrutura complexa. Segundo informações preliminares, três postos principais operam como unidades oficiais do Corinthians, localizados em endereços ligados aos suspeitos investigados.
Os registros da Receita Federal identificam estas operações sob diferentes razões sociais, um fator que complicaria auditorias regulares e facilita possíveis desvios ilícitos de atividades econômicas.
A magnitude da operação não se limita apenas ao clube e seus postos associados. Relatórios indicam que a estrutura operativa pode envolver até 251 postos de combustíveis, todos supostamente interligados através de networks econômicos secundários e terciários.
Tal conexão traz à tona preocupações em relação ao nível de controle que o grupo criminoso poderia exercer sobre diferentes áreas do comércio legítimo no Brasil.
Como o Corinthians está envolvido e reagindo?
O Sport Club Corinthians Paulista, uma das maiores e mais influentes organizações de futebol no Brasil, afirmou que seu relacionamento com os postos é estritamente através do licenciamento da marca.
Conforme divulgado, o clube acompanha as investigações meticulosamente e está preparado para adotar medidas legais oportunas que protejam a imagem e os interesses institucionais.
Essa postura é fundamental para garantir que o clube não seja indevidamente envolvido em atividades criminosas, especialmente considerando suas conexões históricas e culturais com a comunidade.
O que pode acontecer se as irregularidades forem confirmadas?
Se as investigações confirmarem a ação criminosa vinculada aos postos de combustíveis, as repercussões poderão ser significativas.
A Agência Nacional do Petróleo (ANP), responsável por regular e conceder autorizações de funcionamento para postos de combustíveis, poderá revogar as licenças.
Tal medida não só encerraria as operações dos postos, mas também poderia desencadear penalizações legais mais severas a todos os envolvidos.
Enquanto o Corinthians mantém uma distância formal e jurídica das operações diárias dos postos, a questão ressalta os riscos potenciais para organizações que emprestam suas marcas a entidades comerciais externas.
Este caso se transforma assim, em um estudo importante sobre os cuidados e rigores necessários na gestão de marca em operações comerciais no Brasil contemporâneo.
Fonte: O Antagonista



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