China revela ao mundo reserva gigantesca de água descoberta na lua

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China revela ao mundo reserva gigantesca de água descoberta na lua

A presença de água na Lua deixou de ser apenas uma hipótese distante e passou a ser tratada como um dado estratégico para a exploração espacial. China revela ao mundo reserva gigantesca de água descoberta na lua

Porto Velho, RO - A presença de água na Lua deixou de ser apenas uma hipótese distante e passou a ser tratada como um dado estratégico para a exploração espacial.

Análises recentes de amostras do solo lunar, como as trazidas pela missão chinesa Chang’e-5 em 2020, indicam que a superfície do satélite guarda um grande reservatório de água na forma de minúsculas esferas de vidro misturadas ao regolito, o que muda o planejamento de missões tripuladas e de possíveis bases permanentes fora da Terra.

O que é o reservatório de água na Lua encontrado nas esferas de vidro

A expressão reservatório de água na Lua refere-se a uma quantidade estimada de centenas de bilhões de toneladas de água presa em microesferas de vidro presentes no regolito.

Essas esferas se formam quando meteoritos atingem a superfície lunar, derretem o solo e geram pequenas bolhas que se resfriam rapidamente, aprisionando água em nível molecular.

Diferentemente do gelo em crateras polares sombreadas, essa água tende a estar mais espalhada pela superfície, permitindo que futuras missões encontrem recursos hídricos em regiões variadas.

Em princípio, o volume seria suficiente para sustentar operações contínuas, desde que sejam desenvolvidas técnicas eficientes e de baixo consumo energético para extração.

Como a água na Lua pode ser usada na exploração espacial

Na exploração espacial, a água na Lua é um recurso versátil que pode sustentar tanto astronautas quanto operações robóticas de longo prazo.

Ela pode ser purificada para consumo humano, decomposta em oxigênio e hidrogênio ou convertida em combustível de foguetes, reduzindo a dependência de lançamentos a partir da Terra.

Entre os usos mais discutidos para a água lunar nas futuras bases e missões estão:
  • Suprimento de astronautas: hidratação, preparo de alimentos e higiene;
  • Geração de oxigênio: suporte à respiração e pressurização de habitats;
  • Produção de combustível: hidrogênio e oxigênio líquidos para impulsionar naves;
  • Aplicações térmicas e industriais: processos químicos, resfriamento e suporte a manufatura in situ.
Como a água fica presa nas esferas de vidro do regolito lunar

A água no regolito lunar está ligada principalmente à interação entre o vento solar e o solo.

Partículas carregadas ricas em hidrogênio atingem a superfície, reagem com o oxigênio dos minerais e formam moléculas de água ou hidroxila, que depois podem ser aprisionadas nas esferas de vidro geradas por impactos de meteoritos.

Essas esferas funcionam como uma espécie de “bateria hídrica” recarregável ao longo de ciclos térmicos, liberando e reabsorvendo água conforme as variações de temperatura.

Esse mecanismo ajuda a explicar como o reservatório de água lunar pode se manter estável por milhões de anos em um corpo celeste sem atmosfera densa.

Quais são os impactos estratégicos do reservatório de água lunar

A identificação de um grande volume de água armazenado em esferas vítreas influencia diretamente o planejamento de bases lunares por países como China e Estados Unidos.

Programas como o Artemis incluem o uso de recursos lunares entre as prioridades para esta década, visando reduzir custos e aumentar a permanência de tripulações.

Esse cenário impulsiona uma nova fase da corrida espacial, agora focada em infraestrutura e mineração espacial, além de estimular debates internacionais sobre normas e acordos para exploração responsável do ambiente lunar.

A Lua tende a se consolidar como ponto de apoio logístico para missões em direção a Marte e ao espaço profundo.

Quais desafios existem para tornar o reservatório de água lunar utilizável

Transformar o reservatório de água na Lua em recurso prático envolve desafios tecnológicos, energéticos e operacionais.

A extração exige aquecer o regolito, coletar o vapor liberado e condensá-lo em um ambiente de vácuo quase total, com grande variação térmica e alta radiação.

Estudos atuais focam no desenvolvimento de equipamentos eficientes, automação e robótica para operação remota, além de sistemas seguros de armazenamento de água, oxigênio e hidrogênio.

Ao longo dos próximos anos, missões de teste devem validar essas técnicas, convertendo o conhecimento científico em infraestrutura real para a economia espacial em formação.

Fonte: O Antagonista

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