Atentado contra ativistas em Bogotá expõe repressão de Maduro além das fronteiras

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Atentado contra ativistas em Bogotá expõe repressão de Maduro além das fronteiras

Líderes estudantis, defensores dos direitos humanos, jornalistas e líderes políticos venezuelanos se consideram em risco após o ataque a Yendri Velásquez e Luis Peche. / Reprodução/Instagram

Porto Velho, RO - Um atentado violento contra dois venezuelanos exilados em Bogotá, o ativista Yendri Velásquez e o consultor político Luis Peche, trouxe à tona o clima de insegurança que assola a comunidade de refugiados políticos da Venezuela na Colômbia.

O ataque ocorreu nesta segunda-feira, 13 de outubro, quando ambos foram abordados por três atiradores armados ao saírem de sua residência. Atualmente, eles estão se recuperando de seus ferimentos na capital colombiana, a mais de 500 quilômetros da fronteira com a Venezuela.

Após as eleições presidenciais venezuelanas realizadas em 28 de julho de 2024, muitos defensores dos direitos humanos, jornalistas e líderes políticos têm buscado abrigo em Bogotá devido às crescentes repressões do regime de Nicolás Maduro. Este recente atentado intensificou os temores já existentes entre os exilados.

Peche, um dos alvos do ataque, descreveu a experiência aterrorizante nas redes sociais. Ao ser ameaçado com uma arma apontada para sua cabeça, ele conseguiu saltar para um jardim próximo, onde se escondeu atrás de vasos enquanto ouvia os disparos.

Em meio ao caos, ele se deu conta de que estava coberto de sangue e ouviu Velásquez pedindo socorro. Os vizinhos rapidamente prestaram assistência, levando-os para uma clínica onde receberam tratamento médico.

Peche foi atingido por seis balas, enquanto Velásquez sofreu ferimentos graves com pelo menos oito projéteis atingindo várias partes de seu corpo, resultando em duas cirurgias.

Após o atentado, Peche expressou sua indignação sobre a situação política na Venezuela, afirmando que defender direitos humanos ou mesmo manifestar opiniões sobre o país pode resultar em assassinato, não apenas dentro das fronteiras venezuelanas.

Silêncio de Gustavo Petro

O presidente Gustavo Petro, que iniciou um processo de reaproximação com a Venezuela no início de seu mandato, não condenou diretamente o atentado.

Contudo, comprometeu-se a aumentar a proteção para ativistas de direitos humanos oriundos de qualquer país que se encontrem na Colômbia.

A Colômbia continua sendo o principal destino para cerca de três milhões de venezuelanos que fugiram da crise econômica, social e política em seu país.

Denúncias frequentes indicam que essas pessoas enfrentam vigilância constante durante suas concentrações e frequentemente recebem ameaças.

O relatório “Venezuela: Defender DDHH, entre a repressão e o exílio (2020-2025)” sugere que esse atentado é um alerta para os ativistas organizados fora da Venezuela.

Os defensores dos direitos humanos destacam que o ato representa um padrão de violência transnacional direcionada a aqueles perseguidos politicamente por redes associadas à ditadura de Nicolás Maduro.

Fonte: O Antagonista

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