
Governador Marcos Rocha (UB-RO) e seu vice Sérgio Gonçalves (UB-RO) - Foto: Divulgação
Porto Velho, RO - Rondônia vive um dos momentos mais turbulentos dos últimos anos, com rumores, disputas internas e uma verdadeira “guerra de comadres” dominando os bastidores do Palácio Rio Madeira. A expressão popular, citada pelo jornalista Herbert Lins, sintetiza de forma perfeita o clima atual entre o governador Coronel Marcos Rocha (União Brasil) e o vice-governador Sérgio Gonçalves (União Brasil).
Entre boatos de operações policiais, disputas por poder e nomes usados como peças de tabuleiro, cresce a pergunta que circula na boca miúda da classe política: guabirus estão armando contra o vice?
O que está por trás do atrito entre o governador e o vice
Nas últimas semanas, aumentaram os rumores de que Sérgio Gonçalves poderia ser alvo de uma operação policial, o que o impediria de assumir o governo caso Marcos Rocha se afaste em abril para concorrer ao Senado em 2026.
Segundo informações que circulam entre os chamados “guabirus” — termo histórico recuperado por Herbert Lins para se referir a grupos internos que atuam nos bastidores — a movimentação teria como objetivo impedir a ascensão natural do vice e abrir espaço para outra composição de poder.
No entanto, a teoria “não fecha a conta”, como pontua a coluna.Parte das especulações sugeria que, impedido o vice, quem assumiria o Governo de Rondônia seria o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Raduan Miguel Filho.
Raduan Miguel não entraria em “malandragem política”
Mas, segundo a análise de Lins, essa hipótese perde fundamento por três motivos:Ou seja, a tese de que o desembargador participaria de um movimento de bastidores para impedir Sérgio Gonçalves não se sustenta.
Raduan deixará a presidência do TJRO em breve para assumir o TRE-RO.
Sua biografia não combina com operações políticas obscuras.
O Judiciário não arriscaria sua reputação em uma manobra desse tipo.
Redano: nome lembrado, mas sem histórico de jogo sujo
Outro nome citado no xadrez político é o do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Alex Redano (Republicanos), que está na linha sucessória. Porém, Herbert Lins ressalta que Redano “nunca jogou sujo”, sendo reconhecido como um político moderado, conciliador e sem histórico de rasteiras.
Por isso, a probabilidade de que ele participe de articulações obscuras é considerada mínima.
Guabirus ganham força com o clima de crise
Em meio ao conflito entre o governador e o vice, quem parece lucrar politicamente são justamente os “guabirus”, que, segundo Lins, tentam tirar vantagem do clima de instabilidade provocado por vídeos, acusações e disputas por espaço no governo.Marcos Rocha chegou a gravar um vídeo afirmando ter sido vítima de tentativa de extorsão, o que acirrou ainda mais o ambiente político. Para analistas, esse tipo de episódio aprofundou a sensação de que o governo perdeu o controle narrativo, facilitando movimentos de bastidores.
Para salvar o projeto político da família Rocha, reconciliação é essencial
O objetivo final do grupo do governador — ele ao Senado, Luana Rocha à Câmara Federal e Sandro Rocha à Assembleia Legislativa — só será possível se o clima de guerra interna acabar.
Herbert Lins destaca que o governo precisará de um novo “Chicharro da Gama”, figura histórica capaz de dialogar com todas as alas políticas e pacificar os ânimos.Sem isso, a guerra interna pode comprometer seriamente o futuro político do grupo.
Conclusão: Rondônia precisa de pacificação e transparência
O cenário descrito por Herbert Lins mostra um governo dividido, um vice sob rumores e ataques, e um grupo político vulnerável às ações de bastidores.
Em meio à “guerra de comadres”, Rondônia precisa urgentemente de diálogo, transparência e uma postura de reconciliação para evitar que interesses menores prejudiquem o funcionamento do Estado.
Como encerra o jornalista:
“Uma arma só se torna mortal quando alimentada pelo ego, ódio e inveja.”



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