Porto Velho, RO - O acidente com um trem interoceânico no estado de Oaxaca, no sul do México, no último domingo, 28, chamou a atenção para a segurança no transporte ferroviário de passageiros no país, ao deixar pelo menos 13 mortos e 98 feridos em um trecho que liga o Golfo do México ao Oceano Pacífico.
Essa tragédia com tantas vítimas reacendeu o debate sobre infraestrutura, fiscalização e protocolos de emergência nas linhas férreas estratégicas.
Dados principais sobre o acidente com trem interoceânico no México
O trem, operado pela Marinha mexicana, transportava cerca de 250 pessoas, entre passageiros e tripulantes, quando saiu dos trilhos próximo à cidade de Nizanda, em uma curva do trajeto rumo a Coatzacoalcos, no estado de Veracruz.
Após o descarrilamento, equipes médicas, militares, bombeiros e serviços de proteção civil foram mobilizados para o resgate, em uma operação que se estendeu por várias horas.
De acordo com informações oficiais, o trem levava 241 passageiros e 9 tripulantes no momento do acidente.
Entre os 98 feridos, 36 precisaram de atendimento hospitalar mais intensivo, incluindo 5 em estado crítico, enquanto outros 139 foram considerados fora de perigo após avaliação inicial.
Como foi o atendimento aos feridos e a coleta de evidências
Os feridos foram distribuídos em unidades de saúde do Instituto Mexicano do Seguro Social (IMSS) em cidades como Matías Romero, Salina Cruz, Juchitán e Ixtepec, todas no estado de Oaxaca.
Profissionais de saúde foram remanejados para reforçar o atendimento, e houve mobilização de ambulâncias de diferentes municípios, com transporte aéreo cogitado para casos mais graves.
Imagens de moradores mostraram vagões inclinados e parte da composição fora dos trilhos em área de vegetação próxima à zona urbana de Nizanda.
Testemunhas relataram que o trem reduziu a velocidade antes da curva, mas não conseguiu completar o trajeto com estabilidade, elementos que devem ser combinados a registros técnicos para reconstruir a dinâmica do descarrilamento.
Como as autoridades mexicanas reagiram ao acidente com o trem
A presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, confirmou o número de mortos e feridos e enviou representantes do governo federal à região, entre eles o secretário da Marinha e o subsecretário de Direitos Humanos.
O governador de Oaxaca, Salomón Jara Cruz, passou a coordenar ações conjuntas com agências federais, estaduais e municipais.
Para organizar a resposta imediata ao acidente, as autoridades estruturaram frentes de trabalho com foco em diferentes necessidades da população afetada, buscando integrar esforços de segurança, saúde e apoio social.
- Organizar o resgate e o transporte de feridos.
- Identificar as vítimas fatais e comunicar suas famílias.
- Controlar o acesso à área do acidente para preservar evidências.
- Prestar apoio psicológico e jurídico a parentes e sobreviventes.
A Procuradoria-Geral da República abriu inquérito para apurar as causas do descarrilamento, envolvendo análise da via férrea, inspeção da composição, registros de manutenção e condições climáticas.
A investigação também deve considerar falhas humanas, como desvios de procedimento por parte da equipe de operação.
Especialistas apontam que a segurança de um trem interoceânico depende da interação entre infraestrutura, tecnologia, manutenção e capacitação de pessoal, incluindo condições da via, estado dos vagões, velocidade praticada, clima e gestão operacional.
Quais são os impactos do acidente para o projeto ferroviário e para os passageiros
O acidente ocorre em momento de expansão de corredores ferroviários no México, voltados à integração regional e ao aumento da oferta de viagens de passageiros.
Um episódio com mortes e dezenas de feridos tende a levar à revisão de protocolos de segurança, rotinas de monitoramento e investimentos em infraestrutura.
Para os passageiros, o caso reforça a importância de informações claras sobre rotas, condições de viagem e canais de emergência, além de procedimentos definidos de evacuação e atendimento pré-hospitalar.
As conclusões das investigações devem indicar causas, responsabilidades e medidas de prevenção, influenciando a confiança pública em sistemas ferroviários na região.
Fonte: O Antagonista



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