Presidente ucraniano negocia tempo maior para concordar com plano de paz. Foto: divulgação/Ucrânia
Porto Velho, RO - O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou nesta segunda-feira, 29, que o homólogo americano, Donald Trump, ofereceu garantias de segurança à Ucrânia por um período de 15 anos.
A jornalistas, Zelensky disse ter pedido um prazo mais longo ao presidente americano.
“Eu realmente queria que as garantias fossem mais longas. Eu disse a ele que realmente queremos considerar a possibilidade de 30, 40, 50 anos”, afirmou o presidente ucraniano em uma entrevista coletiva virtual.
Segundo Zelensky, Trump prometeu pensar na possibilidade.
No domingo, 28, Trump e Zelensky se reuniram na residência do republicano em Mar-a-Lago, Flórida.
O encontro durou mais de duas horas.
“Pontos espinhosos”
Após a reunião, Trump disse que Rússia e Ucrânia estão muito perto de fechar um acordo de paz.
Contudo, ele reconheceu que ainda existem pontos sensíveis, principalmente sobre o controle de territórios no leste ucraniano.
Segundo Trump, as conversas avançaram bastante, mas permanecem “um ou dois pontos espinhosos, questões muito difíceis”.
Ele disse que a região de Donbass e as garantias de segurança para a Ucrânia estão entre os principais impasses.
“Fizemos bastante progresso hoje, mas, na verdade, fizemos ao longo do último mês. Isso não é um processo que se resolve em um dia. Há questões muito complicadas.”
Plano de paz
O plano de paz em discussão tem 20 pontos e foi elaborado após semanas de negociações entre Washington e Kiev.
O documento aborda desde mecanismos de segurança para prevenir novas agressões até impasses estratégicos, como o futuro da região de Donbass e o controle da usina nuclear de Zaporizhzhia, atualmente ocupada pela Rússia.
Ao lado de Trump, Zelensky disse que a Ucrânia mantém uma posição diferente da Rússia sobre a cessão de territórios.
“Temos que respeitar nosso povo e o território que controlamos. E, claro, nossa posição é muito clara.”
O presidente americano também foi questionado sobre a possibilidade de visitar a Ucrânia caso um acordo seja fechado.
“Não estamos antecipando isso. Gostaríamos de concluir o acordo e não necessariamente ter que ir. Ofereci-me para ir e falar ao parlamento deles. Se isso ajudasse, não sei se ajudaria. Acho que provavelmente ajudaria, mas nem sei.”.
Zelensky acrescentou que Trump seria bem-vindo se quisesse ir.
Fonte: O Antagonista



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