Turistas recebem alerta de contaminação de raiva em viagens internacionais

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Turistas recebem alerta de contaminação de raiva em viagens internacionais

Turistas recebem alerta de contaminação de raiva em viagens internacionais - Créditos: depositphotos.com / seenadee@hotmail.com

Porto Velho, RO - Autoridades de saúde de vários países têm reforçado a atenção para a raiva em viagens internacionais, especialmente após registros de casos em pessoas que retornaram de destinos específicos.

A doença, embora conhecida há décadas, continua sendo considerada uma emergência médica pela rapidez com que evolui e pela alta letalidade quando os sinais clínicos aparecem, o que torna essencial incluir esse risco no planejamento de qualquer deslocamento internacional.

Por que há um alerta crescente sobre raiva em viagens internacionais

A raiva é uma infecção viral que atinge o sistema nervoso central e é quase sempre fatal após o início dos sintomas. Na maioria das vezes, o contágio ocorre por meio da saliva de animais infectados, principalmente por mordidas, mas também por arranhões ou lambeduras em feridas abertas.

Órgãos de saúde dos Estados Unidos, como o CDC, vêm emitindo avisos de viagem para países que registram aumento de casos em animais ou falhas na cadeia de vacinação.

Em locais como Índia e Haiti, a combinação de grande número de cães errantes, subnotificação de casos e circulação de vacinas falsificadas acende um sinal de alerta adicional para turistas, trabalhadores humanitários e viajantes de aventura.

Turistas recebem alerta de contaminação de raiva em viagens internacionais – Créditos: depositphotos.com / tverkhovinets

Quais cuidados o viajante deve adotar antes de embarcar

A prevenção da raiva em viagens internacionais começa ainda no país de origem, com avaliação de risco feita com antecedência. É importante considerar destino, tempo de permanência, tipo de atividade e chance de contato com animais, especialmente em áreas rurais ou comunidades com muitos cães de rua, quando a vacinação pré-exposição pode ser recomendada.

Nessa etapa, também é essencial discutir com um profissional de saúde as diferenças entre vacinas usadas em cada região e identificar locais confiáveis para atendimento médico no destino. A seguir, alguns cuidados práticos que devem ser planejados antes da viagem:
  • Atualização do calendário vacinal, incluindo outras imunizações recomendadas para o destino;
  • Consulta em serviços de medicina do viajante para avaliação individual do risco de raiva;
  • Discussão sobre vacina pré-exposição para profissionais de campo, turistas de aventura, missionários, estudantes e crianças;
  • Orientação escrita sobre o que fazer em caso de mordida ou arranhão em países com maior incidência da doença.

A doutora Dra. Keilla Mara de Freitas compartilhou, em seu canal do Youtube, algumas dicas sobre a prevenção da raiva em viagens:

Como agir em caso de mordida ou arranhão durante a viagem

Em caso de possível exposição à raiva em outro país, a conduta rápida é determinante para evitar o desenvolvimento da doença. Mesmo quem já recebeu vacina pré-exposição precisa de avaliação médica, pois muitas vezes é necessário completar um esquema de doses adicionais e verificar a disponibilidade de soro antirrábico adequado.
  1. Lavar o ferimento com água corrente e sabão abundantes por vários minutos, o mais rápido possível;
  2. Evitar práticas caseiras, como aplicar álcool, pó, terra ou substâncias irritantes sobre o local;
  3. Procurar atendimento médico imediato em serviço de saúde, clínica de viagem ou hospital de referência;
  4. Relatar detalhes do animal (espécie, comportamento, se era de rua ou doméstico, possibilidade de observação) e do tipo de contato (mordida, arranhão, lambedura);
  5. Iniciar rapidamente o esquema de profilaxia pós-exposição, que pode envolver soro antirrábico e uma série de vacinas, conforme avaliação do profissional de saúde.

Turistas recebem alerta de contaminação de raiva em viagens internacionais – Créditos: depositphotos.com / tlorna

Por que alguns países concentram mais mortes por raiva

Embora a raiva humana seja hoje rara em vários países, ainda existem regiões onde a doença permanece endêmica, com maior impacto em populações vulneráveis. Índia e Haiti aparecem com frequência em relatórios internacionais por acumularem altas taxas de casos humanos e animais, muitas vezes com subnotificação importante.

Entre os fatores que contribuem para esse cenário estão o grande número de cães sem tutor, a vacinação insuficiente, barreiras de acesso à profilaxia pós-exposição e, em alguns mercados, a circulação de vacinas falsificadas ou de baixa qualidade.

Fonte: O Antagonista

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